As cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo têm vivido dias de obras. Mas, muito além das estruturas de concreto e das mudanças viárias, outro legado trazido pelos grandes eventros esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos vai impactar a educação do país: o desenvolvimento das telecomunicações. E, com ele, a computação na nuvem. É o que defende Larry Johnson, CEO do New Media Consortium, entidade que reúne especialistas em edtech (tecnologias na educação), e fundador do Horizon Report, relatório internacional sobre tecnologias emergentes que, desde 2012, passou a ter uma edição específica para o Brasil. “Nos próximos cinco anos, vocês terão a oportunidade de viver uma extraordinária virada nas TICs por causa dos investimentos em comunicação que estão sendo feitos”, afirma o executivo.
Com todo esse esforço infraestrutural que vem sendo empregado na melhoria das redes de comunicação, afirma Johnson, o Brasil deve se tornar, em breve, um provedor internacional de computação na nuvem. “Essa é uma tendência que já está chegando e, na educação, vai fazer com que as pessoas tenham de começar a pensar em políticas públicas sobre a segurança dos dados dos alunos”, diz o especialista. Para ele, o país terá de avançar nas discussões sobre onde os dados dos alunos estão fisicamente e que tipo de segurança será necessário garantir.
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O New Media Consortium existe desde a década de 1990, mas foi com seus relatórios que predizem o futuro da educação que a entidade se tornou mais conhecida no início dos anos 2000. Anualmente, os especialistas preparam uma série de relatórios, mas os mais esperados são os que trazem as perspectivas de edtech para a educação básica e para o ensino superior. Mais recentemente, a instituição passou a fazer análises detalhadas de algumas regiões, como Austrália e Singapura. Desde o ano passado, o NMC começou a produzir um documento específico para o Brasil.
“Talvez o Brasil seja o país do mundo onde as tecnologias móveis são mais fortes”
“O Brasil é um país importante”, responde Johnson, quando perguntado por que o New Nedia Consortium decidiu começar a fazer relatórios específicos para o país. “Vocês são um laboratório onde os grandes desafios que a educação do mundo enfrenta hoje deverão ser resolvidos muito em breve”, ressaltando o fato de haver no país uma intensa diversidade étnica e cultural – das línguas indígenas coexistindo com o português até megacidades que não deixam nada a dever a megalópoles internacionais. “O mundo está muito interessado em ver o que está acontencendo aqui”, afirmou Johnson, que visitava o Brasil para uma série de encontros sobre tendências na educação promovidos pela HP.
Na primeira edição brasileira, divulgada no fim do ano passado, os especialistas do NMC apontavam as tecnologias que deveriam se tornar populares na educação em três diferentes espaços de tempo: em um ano ou menos, entre dois e três anos, e entre quatro e cinco. Apesar de a computação na nuvem, apontada por Johnson como a próxima grande novidade no campo da educação, não estar presente na lista em nenhum desses intervalos, duas das quatro ferramentas identificadas para o curtíssimo prazo já indicavam que o cloud computing poderia se tornar importante: celulares e tablets. “Talvez o Brasil seja o país do mundo onde as tecnologias móveis são mais fortes”, diz ele.
Para fazer a versão brasileira, o NMC reuniu sua equipe de pesquisadores com especialistas brasileiros que, por meses, analisaram artigos, estudos de caso e publicações na mídia sobre as tecnologias emergentes e os desafios enfrentados pelo país. O grupo trabalhou virtualmente e concluiu o relatório em setembro passado. Em novembro, o sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) lançou a versão em português. Confira infográfico feito pelo Porvir na época do lançamento. Mais um relatório está previsto para este ano – possivelmente já com a computação em nuvem marcando presença na lista de tendências. http://porvir.org/porpensar/computacao-na-nuvem-e-proxima-tendencia-brasil/20130422
Convivendo em uma sociedade
rural e escravista, o contato com a mentalidade empresarial britânica que, nos
meados do século XIX, gestava a segunda fase da Revolução Industrial, foi
determinante para a formação do pensamento de Mauá.
O seu estilo liberal de
administrar era personalíssimo para o Brasil, país acostumado à forte
centralização monárquica que o Poder Moderador, expresso na Constituição de
1824, havia reafirmado. Sua característica principal, em qualquer setor
econômico que atuou, foi o pioneirismo.
Com menos de trinta anos, já
possuía fortuna que, segundo ele próprio, “assegurava a mais completa
independência”. Os seus primeiros passos como empresário foram marcados pela
ousadia de projeto, apostando no emprego à tecnologia de ponta. Em toda a sua
carreira preocupou-se com a correta gestão de recursos, marcada por uma
administração descentralizada, onde a responsabilidade de cada indivíduo na
cadeia de comando era valorizada. A sua política salarial expressava um
investimento nos talentos de seus empregados, tendo sido pioneiro, no país, na
distribuição de lucros da empresa aos funcionários. Em complemento, incentivava
os seus colaboradores mais próximos a montar empresas e a fazer negócios por
conta própria. O nível de gerência era contemplado com créditos e apoio logístico
para operar os empreendimentos, o que combinado com a autonomia administrativa
e com a participação nos lucros, permitia fazer face à maioria das
dificuldades.
Desse modo, Mauá controlou oito
das dez maiores empresas do país: as restantes eram o Banco do Brasil e a
Estrada de Ferro Dom Pedro II, ambos os empreendimentos estatais. Chegou a
controlar dezessete empresas, com filiais operando em seis países. Sua fortuna
em 1876 atingiu o valor de 115 mil contos de réis, enquanto o orçamento do
Império do Brasil para aquele ano contava apenas com 97 mil contos de réis.
Estima-se que a sua fortuna seria equivalente a 60 bilhões de dólares, nos dias
de hoje.
Mauá também foi muito conhecido
por suas ideias contrárias à escravidão, o que o distanciava das elites
políticas do Império, o que se ressentiu indiretamente nos seus interesses
comerciais. Com o passar dos anos, Mauá foi se afundando em dívidas, pois
sempre que não conseguia recursos, fosse através de subscrições, ou através do
apoio financeiro do governo, lançava mão das reservas de sua base de operações:
o Banco Mauá & Cia.
Com a extinção do tráfico negreiro, a partir da Lei Eusébio
de Queirós (1850), os capitais até então empregados no comércio de escravos
passaram a ser investidos na industrialização. Aproveitando essa oportunidade,
Mauá passou a se dividir entre as atividades de industrial e banqueiro, tendo
acumulado fortuna aos quarenta anos de idade.
Entre os investimentos que realizou, além do estaleiro e
fundição na Ponta da Areia, destacam-se:
* o projeto de iluminação a gás da cidade do Rio de
Janeiro, cuja concessão de exploração obteve por vinte anos. Pelo contrato, o
empresário comprometia-se a substituir 21 milhas de lampiões a óleo de baleia
por outros, novos, de sua fabricação, erguendo uma fábrica de gás nos limites
da cidade. Os investidores só começaram a subscreveram as ações da Companhia de
Iluminação a Gás quando os primeiros lampiões, no centro da cidade, foram
acessos, surpreendendo a população (25 de março de 1854). Posteriormente,
premido por dificuldades financeiras, Mauá cedeu os seus direitos de exploração
a uma empresa de capital britânico, mediante 1,2 milhão de Libras esterlinas e
de ações no valor de 3.600 contos de réis.
* a organização da Companhia de Navegação do Amazonas
(1852), com embarcações a vapor fabricadas no estaleiro da Ponta da Areia.
Posteriormente o Império concedeu a liberdade de navegação do rio Amazonas a
todas as nações, levando Mauá a desistir do empreendimento, transferindo os
seus interesses a uma empresa de capital britânico.
* a construção de um trecho de 14 quilômetros de linha
férrea entre o porto de Mauá, na baía de Guanabara, e a estação de Fragoso, na
raiz da serra da Estrela (Petrópolis), na então Província do Rio de Janeiro, a
primeira no Brasil. No dia da inauguração (30 de abril de 1854), na presença do
imperador e de autoridades, a locomotiva, posteriormente apelidada de Baronesa
(em homenagem à esposa de Mauá), percorreu em 23 minutos o percurso. Na mesma
data, em reconhecimento, o empresário recebeu o título de barão de Mauá. Este
seria o primeiro trecho de um projeto maior, visando comunicar a região
cafeicultora do vale do rio Paraíba e de Minas Gerais ao porto do Rio de
Janeiro. Em 1873 pela União & Indústria, empreendimento de Mauá ligando
Petrópolis (RJ) a Juiz de Fora (MG), a primeira estrada pavimentada no país,
chegavam as primeiras cargas de Minas Gerais para a Estrada de Ferro Dom Pedro
II (depois Estrada de Ferro Central do Brasil) empreendimento estatal
inaugurado em 1858, que oferecia fretes mais baixos. Em 1882, vencidas as
dificuldades técnicas da serra, os trilhos chegavam a Petrópolis.
* o estabelecimento de uma companhia de bondes puxados por
burros na cidade do Rio de Janeiro, cujo contrato para exploração Mauá adquiriu
em 1862, mas cujos direitos, devido a necessidades de caixa, foram cedidos à
empresa de capital norte-americano Botanical Garden’s Railroad (1866), que
inaugurou a primeira linha de bondes em 1868, organizando uma lucrativa rede de
transportes.
* a participação, como acionista, no empreendimento da
Recife & São Francisco Railway Company, a segunda do Brasil, em sociedade
com capitalistas ingleses e de cafeicultores paulistas, destinada a escoar a
safra de açúcar da região.
* participação, como acionista, na Ferrovia Dom Pedro II
(depois Estrada de Ferro Central do Brasil), mesmo tendo consciência que, pelo
seu traçado, essa rodovia tiraria toda a competitividade da Rio-Petrópolis;
* a participação, como empreendedor, na São Paulo Railway
(depois Estrada de Ferro Santos-Jundiaí) (empreendimento totalmente custeado
por ele, sendo a quinta ferrovia do país, em 16 de fevereiro de 1867.
* o assentamento do cabo submarino, em 1874.
Em 1852, o visconde fundou o Banco Mauá, MacGregor &
Cia, com filiais em várias capitais brasileiras e em Londres, Paris e Nova
Iorque. No Uruguai, fundou em 1857 o Banco Mauá Y Cia., sendo o primeiro
estabelecimento bancário daquele país, inclusive com autorização de emitir
papel-moeda, sendo que tal banco abriu filial em Buenos Aires, tendo sido
citado por Jules Verne como um dos principais bancos da América do Sul.
A direita odeia a América Latina. Antes de tudo porque sua mentalidade colonial e seus interesses a vinculam aos países do centro do capitalismo, aos Estados Unidos em particular, que tem uma relação histórica de conflitos com o nosso continente. A direita nunca esconde sua posição subserviente em relação aos EUA, adorava quando os países latino-americanos eram quintal traseiro do império, quando, por exemplo, na década de 90 do século passado, não expressavam nenhum interesse diferente dos de Washington e buscavam reproduzir suas políticas.
A direita não entende a América Latina, nem pode entender, porque sua cabeça é a da anulação diante do que as potencias imperiais enviam para nossos países, de aceitação resignada e feliz aos interesses dessas potencias.
Para começar, compreender a América Latina como continente e’ entender o que a unifica como continente: o fenômeno histórico de ter sido colonizada pelas potencias europeias e ter sido transformada posteriormente em região de dominação privilegiada dos EUA.
Daí a incapacidade da direita de entender o significado do nacionalismo e dos líderes nacionais, porque para a direita não há dominação e exploração imperialista, menos ainda o conceito de nação. Esses líderes seriam então demagogos populistas, que se valeriam de visões fictícias para fabricar sua liderança carismática, fundada no apoio popular.
A própria existência da América Latina como continente é questionada pela direita. Ressalta as diferenças entre o México e o Uruguai, o Brasil e o Haiti, a Argentina e a Guatemala, para tentar passar a ideia de que se trata de um agregado de países sem características comuns.
Não mencionam as diferenças entre a Inglaterra e a Grécia, Portugal e a Alemanha, Suécia e Espanha, que no entanto compõem um continente comum. Por quê? Porque tiveram e tem um lugar comum no sistema capitalista mundial: foram colonizadores, hoje são imperialistas. Enquanto que os países latino-americanos, tendo diferenças culturais muito menores do que os países europeus entre si, fomos colonizados e hoje sofremos a dominação imperialista.
Esses elementos de caracterização são desconhecidos pela direita, para a qual o mundo é compostos por países modernos e países atrasados, sem articulação como sistema, entre centro e periferia, entre dominadores e dominados.
Assim a direita nunca entendeu e se opôs sempre tenazmente aos maiores líderes populares do continente, como Getúlio, Perón, Lazaro Cárdenas, e hoje se opõe frontalmente ao Hugo Chávez, ao Lula, aos Kirchner, ao Mujica, ao Evo, ao Rafael Correa, à Dilma, ao Maduro, além, é claro, ao Fidel e ao Che. Não compreendem por que foram e são os dirigentes políticos mais importantes do continente, porque têm o apoio popular que os políticos da direita nunca tiveram.
Ainda mais agora, quando a América Latina consegue resistir à crise, não entrar em recessão, continuar diminuindo a desigualdade, e projetar líderes como Chávez, Lula, Evo, Rafael Correa, Mujica, Dilma, a incapacidade de dar conta do continente aumenta por parte da velha mídia. Sua ignorância, seus clichês, seus preconceitos a impedem de entender essa dinâmica própria do continente.
Só resta à direita odiar a América Latina, porque odeia os movimentos populares, os líderes de esquerda, a luta antiimperialista, a crítica ao capitalismo. Odeiam o que não podem entender, mas, principalmente, odeiam porque a América Latina protagoniza um movimento que se choca frontalmente com tudo o que a direita representa.
Por uma razão: ela fala coisas que os americanos querem que sejam ditas.
Yoani
Yoani Sanchez, a blogueira cubana, recebe uma cobertura enorme da mídia brasileira e internacional por uma razão: ela critica Cuba.
Por isso ela será tratada como estrela pop na turnê mundial que começa agora, entre os brasileiros. (O governo cubano deu uma absurda contribuição à aura de ‘martírio’ de Yoani com sua indefensável política restritiva para viagens e para o livre debate político, mas isto é outro assunto.)
No Brasil, sabemos que escrever contra Lula encurta o caminho rumo a colunas no Globo, na Veja, no Estadão e na Folha. Ou a participações na CBN e na Globonews, e assim a vida caminha.
No mundo, escrever contra Cuba, ainda mais se você é cubano e ainda mais se você vive lá, como Yoani, é garantia de ampla cobertura da mídia americana, cuja repercussão é planetária.
Ao longo dos anos, esse tipo de conteúdo serviu aos interesses americanos de fazer propaganda contra qualquer coisa parecida com socialismo.
Ajudou também a dar argumentos, perante a opinião pública mundial, para que os Estados Unidos mantivessem um abjeto bloqueio econômico que impediu Cuba de se desenvolver desde a Revolução de Fidel.
Essa propaganda serviu também de apoio às inúmeras tentativas que os Estados Unidos fizeram de matar Fidel e de tornar Cuba outra vez um quintal americano encostado em Miami — ou um bordel, como era antes.
O que teria sido de Cuba sem a impiedosa perseguição americana?
Os Estados Unidos descobriram, nos anos 1950, a receita de golpes no exterior. Propaganda para desestabilizar regimes, e depois a presença nas sombras da CIA.
A receita funcionou na Guatemala e no Irã. Na Guatemala, o presidente progressista Jacobo Arbens foi sabotado por ter desapropriado terras (não cultivadas) de uma empresa americana que produzia bananas, a United Fruits. Arbens queria melhorar a vida de camponeses miseráveis.
Os americanos o tacharam de comunista por meio de aliados na mídia, financiaram um exército de mercenários sob o comando de um general assassino exilado em Honduras e acabaram derrubando Arbens.
Nasciam assim as Repúblicas das Bananas.
Num documentário, lembro a cena de Nixon, então vice-presidente, saudando diante das câmaras de televisão o general. “Pela primeira vez na história, um povo derruba um governo comunista”, disse Nixon.
O povo guatemalteco nada tivera a ver com o golpe. Foi mais uma das múltiplas mentiras contadas por Nixon em sua vitoriosa carreira.
Vale a pena uma pausa para ver Nixon em ação, logo no início do documentário.
A mesma receita foi aplicada no Irã do progressista Mossadegh, com os mesmos resultados. Num livro sobre o golpe no Irã do renomado jornalista investigativo americano Stephen Kinzer, ele ouviu um agente da CIA que, naqueles dias, era pago para escrever artigos anti-Mossadegh que eram imediatamente publicados na imprensa iraniana conservadora.
Dois sucessos não levam necessariamente a três.
Os americanos usaram a mesma tática para derrubar Fidel, e sofreram uma avassaladora derrota no episódio que passou para a história como a Invasão da Baía dos Porcos.
O povo cubano, mais que o próprio regime de Fidel, rechaçou os americanos. Os cubanos foram mais firmes que os guatemaltecos e os iranianos – provavelmente porque conhecessem muito bem os reais interesses dos Estados Unidos por trás do discurso de campeões do mundo livre.
Nos últimos anos, você recebe tratamento heroico dos Estados Unidos se falar mal do islamismo, ainda mais se for oriundo do universo muçulmano.
O melhor exemplo disso é a somali Ayaan Hirsi Ali, que ganha a vida nos Estados Unidos dando pancadas no Islã. Ayaan, antes de terminar nos Estados Unidos, viveu como refugiada na Holanda. Lá, convenceu um descendente de Van Gogh a fazer um filme antiislâmico e o resultado é que o pobre Van Gogh foi morto por um radical. Ficou pesado o ar para ela na Holanda e então os Estados Unidos a receberam com tratamento vip.
Ayaan
Yoani e Ayaan são casos parecidos, filhas da mesma lógica.
O maior mérito de ambas é falar o que os americanos querem que seja falado. São, para usar a expressão de Boff, escaravelhas internacionais.
Arquivo da Pinacoteca de São Paulo/Reprodução/Wikimedia Commons
O jornal Estadão revelou que, pela primeira vez em quase 180 anos, os restos mortais de Dom Pedro I, o primeiro imperador brasileiro, foram exumados para estudos. Conforma as informações do jornal, também foram abertas as urnas funerárias das duas mulheres de Dom Pedro I: as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia. Os corpos estavam no Parque da Independência, na zona sul da capital, desde 1972.
A historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel foi responsável pelos exames, realizados, em sigilo, entre fevereiro e setembro de 2012, com o apoio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). As análises da pesquisadora revelam fatos desconhecidos sobre a família imperial brasileira, agora comprovados pela ciência, e compõem um retrato jamais visto dos personagens históricos, destacou o Estadão.
Detalhes dos exames
Com a conclusão dos exames, ficou comprovado que o imperador tinha quatro costelas fraturadas do lado esquerdo, o que praticamente inutilizou um de seus pulmões. Isso pode ter agravado a tuberculose que o matou, aos 36 anos, em 1834. Ferimentos constatados foram resultados de dois acidentes a cavalo, ambos no Rio, em 1823 e em 1829, informou o veículo de imprensa.
Outra surpresa revelada refere-se ao fato de não haver nenhuma comenda ou insígnia brasileira entre as cinco medalhas encontradas em seu esqueleto. "O primeiro imperador do Brasil foi enterrado como general português, vestido com botas de cavalaria, medalha que reproduzia a constituição de Portugal e galões com formato da coroa do país ibérico", destacou o Estadão.
"No caso da segunda mulher de Dom Pedro I, Dona Amélia de Leuchtenberg, a descoberta mais surpreendente veio antes ainda de que fosse levada ao hospital: ao abrir o caixão, a arqueóloga descobriu que a imperatriz está mumificada, fato que até hoje era desconhecido em sua biografia. O corpo da imperatriz, embora enegrecido, está preservado, inclusive cabelos, unhas e cílios. Entre as mãos de pele intacta, ela segura um crucifixo de madeira e metal", informou também o jornal.
Outro detalhe curioso é que estudo também desmente a versão histórica de que a primeira mulher, Dona Leopoldina, teria caído ou sido derrubada, de uma escada, por Dom Pedro, no palácio da Quinta da Boa Vista, então residência da família real. Segundo a versão, divulgada por historiadores como Paulo Setúbal, ela teria fraturado o fêmur, mas, nas análises no Instituto de Radiologia da USP, não foi constatada nenhuma fratura nos ossos da imperatriz.
Foi realizado no dia 18/12/2012, o ultimo conselho de classe do ano letivo da nossa escola. Hoje dia 19/12, acontecerá a formatura das 8ª séries no Celeiros Bier localizado em Biguaçu. Alunos que irão receber seus certificados parabéns, e boas férias.
No dia 11 de setembro, os alunos das 7ªs séries, da escola, fizeram uma visita ao Eco do Avencal Resort Pedagógico, localizado em Urubici, Santa Catarina. Localizada A região atinge altitudes que chegam a 2.ooo metros, e se registram as mais baixas temperaturas do país. O Eco do Avencal é um projeto pedagógico, ecológico e rural, no qual alunos e meio ambiente estarão em completa integração. Visa desenvolver conteúdos pedagógicos, estimulando a prática em um ambiente de vivência rural em harmonia com a natureza. Os alunos tiveram a chance de observar animais; conhecer a vegetação local; manipular a horta orgânica e hidropônica; frequentar o planetário; caminhar por trilhas; estudar o solo; os rios e as nascentes. Tudo isso transformou o passeio num aprendizado com prazer. Todos os alunos deveriam ser contemplados com o passeio.
A Revolução Cubana foi o primeiro movimento que conseguiu resultados positivos contra a hegemonia norte-americana no continente.
Cuba foi a última colônia americana a libertar-se do domínio espanhol, sua independência foi obtida após a guerra hispano-americana (1895 - 1898), com a ajuda militar norte-americana. O envolvimento dos Estados Unidos no conflito com a Espanha foi a única alternativa encontrada pelos norte-americanos, há muito tempo interessados na produção açucareira e nas minas cubanas. Antes da guerra contra a Espanha, os Estados Unidos chegaram a propor a compra da ilha de Cuba, o que foi recusado pelos espanhóis.
Após a libertação da ilha, os norte-americanos governaram por três anos a nova República das Antilhas. Em 1901, a Emenda Platt (revogada em 1934), inserida na Constituição cubana, assegurava aos Estados Unidos o direito de intervir militarmente no país para garantir sua independência. Em 1903, o governo cubano arrendou aos Estados Unidos a base militar de Guantánamo, existente até hoje. A partir daí, não foram poucas as intervenções de fuzileiros americanos para garantir a ordem em território cubano.
Nos primeiros anos do século XX, não houve mudanças na estrutura econômica de Cuba. A economia continuava a ser agroexportadora, baseada no latifúndio monocultor açucareiro e a maior parte das terras passou a ser controlada pelo capital estrangeiro, assim como a quase totalidade do setor de serviços, inclusive a rede de turismo (voltada ao turismo estrangeiro).
A falta de melhores perspectivas de futuro, as graves crises sociais que passava maioria da população cubana pobre, contrastava com o luxo e a riqueza existentes nos clubes noturnos e cassinos onde muitos americanos ricos se divertiam e passavam seus finais de semana.
Estando a pouco mais de 100 km de distância de Miami, o território cubano se tornou o quintal dos ricos e emergentes que passavam em Cuba seus finais de semana. O que era ilegal nos Estados Unidos era amplamente praticado em Cuba. Um lugar onde os yankees gastavam seus dólares com sexo, drogas e jogatina. Quando a noite caia, as ruas se enchiam de prostitutas, malandros e vagabundos.
Em 1925, subiu ao poder o ditador Gerardo Machado, que, não resistindo aos efeitos da crise de 1929, foi derrubado em 1933 por um movimento popular liderado por Ramón Grau de San Martin.
Em 1934 surge na política cubana a figura de Fulgêncio Batista, um sargento do Exército, que marcará a história cubana por ter se tornado várias vezes "presidente" do país. O período de governo de Fulgêncio Batista estendeu-se de 1934 até 1959. Somente foi interrompido entre 1944 e 1952, quando o Partido dos Autênticos elegeu Ramón Grau de San Martin e seguido a esse, em 1948, foi eleito Pio Socarrás, deposto pelo próprio Fulgêncio Batista.
O ano de 1953 marca-se de importância para Cuba, pois o movimento estudantil passa a promover manifestações contra o governo de Fulgêncio Batista. Em 26 de julho desse ano, Fidel Castro, um advogado e membro do Partido Ortodoxo, liderou um ataque ao quartel de Moncada. Frustada a tentativa, os rebeldes foram para a prisão e, em maio de 1955, depois de anistiados, foram para o exílio no México.
Fora de Cuba, Fidel e Raul Castro e médico argentino Ernesto "Che" Guevara organizaram o movimento 26 de julho, com o claro objetivo de voltar a Cuba a derrubar a ditadura de Batista. O desembarque dos revolucionários do iate Granma estava sendo esperado pelas tropas de Fulgêncio Batista e marcou-se por uma sangrenta luta que levou à morte a maior parte dos integrantes do movimento.
Fidel, Raul e "Che" conseguiram chegar à Sierra Maestra, de onde passaram a organizar os camponeses para a luta armada. Ao mesmo tempo, os rebeldes buscavam o apoio de setores da burguesia contrário à ditadura de Fulgêncio Batista e que acreditavam em um projeto nacionalista para Cuba, dentro do respeito à propriedade privada. Era assinado, então, o Manifesto de Sierra Maestra, que no ano seguinte, 1958, foi ampliado pela formação da Frente Cívico-Revolucionária Democrática, no qual a burguesia cubana concordava com a luta armada para depor Fulgêncio Batista.
As ideias dos revolucionários conquistaram, sobretudo o apoio dos camponeses e operários, que sofriam com salários baixos, desemprego, falta de terra, doenças e analfabetismo.
O grupo dos 12, em pouco tempo transformou-se numa tropa que causava baixas cada vez maiores ao governo. Os revolucionários aumentavam em número e recebiam o apoio da população rural e urbana.
Os guerrilheiros desceram a serra e se espalharam pelo país, abrindo uma frente de guerra contra o exército de Batista. Nas cidades, grupos de apoio atacavam a polícia e as instalações do exército.
Em 1 de janeiro de 1959, comandados por Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Raul Castro, tomaram Havana e outras cidades importantes. Fulgêncio Batista e membros de seu governo abandonaram Havana.
Os rebeldes dominaram Havana em 2 de janeiro de 1959. Um novo presidente assumiu, substituído depois por Fidel Castro, líder da Revolução. O novo governo tomou diversas medidas, entre as quais, reforma agrária, com a expropriação das grandes propriedades, nacionalização de empresas estrangeiras e dos setores-chave da economia, como combustíveis, sistema de comunicações e de energia elétrica (reduzindo as tarifas de imediato), reforma do ensino para erradicar o analfabetismo, sendo a educação gratuita em todos os níveis. Medidas voltadas para a saúde pública, etc. Em 1961, Cuba optou pelo socialismo, contrariando os interesses norte-americanos.
Os Estados Unidos reagiram à revolução cubana, com um bloqueio econômico (1959) e um golpe fracassado da CIA, a invasão da Baía dos Porcos, em 1961, por uma força militar treinada e financiada pelos Estados Unidos, formada por exilados cubanos.
A derrota norte-americana fortaleceu Fidel, que diante da ameaça dos Estados Unidos, procurou e obteve apoio da União Soviética e de outros países socialistas. Em maio de 1961, Fidel declarou que Cuba passava a ser um Estado Socialista. Num pronunciamento histórico, afirmou que adotava o marxismo-leninismo e se aproximava da URSS.
Em 1962, houve a crise dos mísseis. O governo de John Kennedy, identificou bases de mísseis soviéticos em Cuba. Esse fato gerou uma grave crise internacional. Em outubro de 1962, John Kennedy, empreendeu um bloqueio aeronaval a Cuba. Diante da ameaça dos Estados Unidos, de usarem sua força nuclear, os mísseis soviéticos foram retirados.
Sob influência dos Estados Unidos, a OEA (Organização dos Estados Americanos), expulsou Cuba da organização, determinando seu isolamento político e econômico.
Ao longo do tempo, as reformas promovidas pela Revolução Cubana, mudaram o país. O analfabetismo foi eliminado, as condições de saúde melhoraram, as terras foram distribuídas aos camponeses, as tarifas de transportes e aluguéis reduzidas, a assistência médica e a educação são gratuitas.
Com a crise dos regimes socialistas e a desintegração da União Soviética, Cuba perdeu uma importante fonte de ajuda econômica. As dificuldades da população são grandes, sobretudo em relação ao abastecimento de produtos essenciais. Também, têm ocorrido manifestações de intelectuais e de outros grupos reivindicando liberdade de expressão e maior participação nas decisões políticas.
Cuba mantém-se fiel aos princípios do socialismo, embora na esfera econômica venha adotando medidas destinadas a atrair investimentos privados do exterior.
Fidel Castro ficou no poder desde 1959, primeiramente como primeiro ministro da República de Cuba de 1959 até 1976. Em 2 de dezembro de 1976, passa a ser o presidente do Conselho de Estado (chefe do Estado) e presidente do Conselho de Ministros (chefe de governo) de Cuba. Além de todos os cargos que acumula no governo, é o primeiro secretário do Partido Comunista Cubano desde a fundação em 1965.
Após 49 anos no poder, em 19 de fevereiro de 2008, Fidel Castro anunciou sua renúncia ao cargo de presidente de Cuba e à chefia do Partido Comunista Cubano. O sucessor de Castro, no comando de Cuba, é seu irmão mais jovem Raúl Castro. Embora não possua o mesmo prestígio que o irmão, Raúl passou a sentir o gosto do poder no final de julho de 2006, após os problemas de saúde apresentados por Fidel Castro.
http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-cubana.htm blog fazendohistorianova.blogspot.com
Nasa desmente "fim do mundo" e alerta sobre suicídios
Após receber uma enxurrada de cartas de pessoas seriamente preocupadas com teorias que preveem o fim do mundo no dia 21 de dezembro de 2012, a agência espacial americana (Nasa) resolveu "desmentir" esses rumores na internet. No dia 28 de novembro, a Nasa fez uma conferência online com a participação de diversos cientistas. Além disso, também criou uma seção em seu website para desmentir que haja indícios de que um fim do mundo esteja próximo.
Segundo o astrobiologista David Morrison, do Centro de Pesquisa Ames, da Nasa, muitas das cartas expondo preocupações com as teorias apocalípticas são enviadas por jovens e crianças.
Alguns dizem até pensar em suicídio, de acordo com o cientista, que também mencionou um caso, reportado por um professor, de um casal que teria manifestado intenção de matar os filhos para que eles não presenciassem o apocalipse.
"Estamos fazendo isso porque muitas pessoas escrevem para a Nasapedindo uma resposta (sobre as teorias do fim do mundo). Em particular, estou preocupado com crianças que me escrevem dizendo que estão com medo, que não conseguem dormir, não conseguem comer. Algumas dizem que estão até pensando em suicídio", afirmou Morrison.
"Há um caso de um professor que disse que pais de seus alunos estariam planejando matar seus filhos para escapar desse apocalipse. O que é uma piada para muitos e um mistério para outros está preocupando de verdade algumas pessoas e por isso é importante que a Nasa responda a essas perguntas enviadas para nós."
Calendário maia
Um desses rumores difundidos pela internet justifica a crença de que o mundo acabará no dia 21 de dezembro de 2012 dizendo que essa seria a última data do calendário da civilização maia. Outro rumor tem origens em textos do escritor Zecharia Sitchi dos anos 70. Segundo tais teorias, documentos da civilização Suméria, que povoou a Mesopotâmia, preveriam que um planeta se chocaria com a Terra. Alguns chamam esse planeta de Nibiru. Outros de Planeta X.
"A data para esse suposto choque estava inicialmente prevista para maio de 2003, mas como nada aconteceu, o dia foi mudado para dezembro de 2012, para coincidir com o fim de um ciclo no antigo calendário maia", diz o site da Nasa.
Sobre o fim do calendário Maia, a Nasa esclarece que, da mesma forma que o tempo não para quando os "calendários de cozinha" chegam ao fim, no dia 31 de dezembro, não há motivo para pensar que com o calendário Maia seria diferente -- 21 de dezembro de 2012 também seria apenas o fim de um ciclo.
A agência espacial americana enfatiza que não há evidências de que os planetas do sistema solar "estejam se alinhando", como dizem algumas teorias, e diz que, mesmo que se isso ocorresse, os efeitos sobre a Terra seriam irrelevantes. Também esclarece que não há indícios de que uma tempestade solar possa ocorrer no final de 2012 e muito menos de que haja um planeta em rota de colisão com a Terra.
"Não há base para essas afirmações", diz. "Se Nibiru ou o Planeta X fossem reais e estivessem se deslocando em direção à Terra para colidir com o planeta em 2012, astrônomos já estariam conseguindo observá-lo há pelo menos uma década e agora ele já estaria visível a olho nu", diz o site da Nasa.